Climate Change, the Peak Oil and the still growing hunger for energy of the modern societies on all continents: At the beginning of the 21th century the world is - like at the beginning of the 19th century - again in the search for a new direction. Is nuclear energy the solution for Climate Change and the growing demand for Energy as it is claimed by nuclear industry and scientists like JamesLovelock, the author of the Gaia theory?
Windscale (Sellafield), Harrisburg (Three Mile Island), Chernobyl, Goiânia: Radioactive and nuclear power accidents happen. Mining companies spreading around the world in search for new uranium deposits. And on the other side concerned citizens and indigenous peoples fighting against uranium mining projects in countries like Australia, India, Niger, Namibia, USA, Canada or Portugal. Are the democratic world societies - especially in emerging countries like Brazil, China, India or South Africa – prepared to make the right decisions? Do the people really know what radioactivity, what nuclear power means?
That was the background 2010 when we created – one year before Fukushima - the First International Uranium Film Festival in Rio de Janeiro: The first annual film festival to highlight nuclear and radioactive issues. A film festival to inform especially the Latin American and Portuguese speaking societies and to stimulate world-wide the production of independent documentaries and movies about the whole nuclear fuel chain from uranium mining to nuclear waste deposits; about atomic bombs and about the use and risks of radioactivity and radioactive elements in general.
We started the call for entry May 2010, and March 2011 - when we already had selected over 30 documentaries and movies from all continents - happened the nuclear accident of Fukushima!
Finally between 16th and the 28th of May we screened 33 selected films in the competitive category and 4 documentaries, which were not part of the competition, in Rio de Janeiro. The screening locations were CINEMAISON in the city centre and in Santa Teresa the theatre of the Centro Cultural Parque das Ruinas and the theatre of the Centro Cultural Laurinda Santos Lobo. We had an audience in total of more than 1000 people, many of them students and teachers.
Beside of the screenings we organized - as part of the Festival - two important and successful Exhibitions: "Maõs de Césio", a photo exhibition about the nuclear accident of Goiânia 1987 with the element Caesium 137, the worst radioactive accident of Latin America. The exhibition in the Cultural Centre Laurinda Santos Lobo attracted more than 500 visitors - not included the audience of the Film Festival. The exhibition can now travel to other cities. At the moment it is only in Portuguese, but the Idea is to have it also in English and Spanish and to bring it to other countries. The other exhibition was based on Radiating Posters selected by the Amsterdam based institutions WISE and Laka Foundation: 40 original posters of the global anti-nuclear movement. That exhibition in the gallery of the Cultural Centre Parque das Ruinas was also visited by hundreds of Cariocas and tourists. Satellite festivals were organized in São Paulo, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza e Salvador. Further screenings are planned also in other countries like USA, Germany, Sweden and South Africa.
Norbert Suchanek
Catalogue of the Festival 2011 - PDF
SPONSORS & SUPPORTERS 2011
The First International Uranium Film Festival and its side events were supported by
- Heinrich Boell Foundation - Rio de Janeiro
- (http://www.boell-latinoamerica.org/web/11.html)
- Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC)
- Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch da Faetec
- Centro Cultural Municipal Parque das Ruinas
- Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo
- Prima (www.prima.org.br)
- Programa Memória Roberto Pires
- Fundação Nacional de Arte (FUNARTE)
- Universidade Federal de Goiás - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
- Universidade Católica de Goiás PUC-GO/IGPA
- Centro Cultural Matilha São Paulo (www.matilhacultural.com.br)
- Latin America Bureau (www.lab.org.uk)
- Latin America Film (www.latamfilm.com)
- The Business & Human Rights Resource Centre (www.business-humanrights.org)
- Portal EcoDebate (www.ecodebate.com.br)
- Rubens Maia (Artist)
- Felipe Velloso (Combinado Estúdio)
- Restaurante & Bar do Mineiro
- Armazém São Thiago
Special Thanks goes to the volunteer translators:
Daniel Cahill, Morgana Azevedo Moreira, Camila Costa, Joy Gomes, Vanessa Marcondes de Souza, Denis Astbury, Professor Rubem, Eugenia Gay and Baptiste Rogues
and further Special Thanks goes to
Tuane Martins, Sebastião Jorge and Rosane Sertório
to our Portuguese-English interpreter Luiz Augusto Silveira
to the represents of the indigenous people of Brazil
Afonso Apurinã, Tapiti Guajajar, Naiara do Sol of the Centro de Culturas Indigenas
Aldeia Maracanã for their performance during the Award Ceremony
and to the musicians...
Wolffram and Lennart (www.jazztopia.org)
Juliano Pires and Os Siderais (Brazilian Brass Band)
and last but not least to
Haroldo Mota, president of Baobá and Co-Director
for the Uranium Film Festival Events in the Cities of Northeast Brazil
PROGRAM
Alemanha, 2011, 43 min
Direção Ralph Weihermann & Susanne Friess
www.kigali-films.de
O Futuro irradiante do Brasil é o primeiro documentário sobre a mina de urânio de Caetité, localizado na Bahia. A mineração começou em 2000. Desde esta época a população e o meio ambiente estão em risco por causa da poluição radioativa.
"O Futuro Irradiante do Brasil" teve sua produção concluída apenas uma semana antes do Uranium Film Festival começar. Por isso ele não foi inscrito para a mostra competitiva, mas consideramos importante apresentá-lo, já que é o primeiro filme sobre a mineração de urânio em Caetité. - Uranium Film Festival
(История ядерного судна)
Rússia, 2003-2004, Duração 18 min
Direção: grupo de autores de BellonaMurmansk. Contato: www.bellona.org
Esse filme fala sobre o navio mais perigoso do Norte da Europa, chamado Lepse. O navio, que guarda a bordo toneladas de combustíveis nucleares, se tornou uma ilustração dos graves problemas que assombram a tropa nuclear Russa e os esforços internacionais destinados a resolver esses problemas. Levará muitos anos para a Rússia dar conta de todos os seus problemas nucleares e de radiação, deixados como herança nuclear da URSS e da Guerra Fria.
Bellona-Murmansk é uma ONG ambientalista, fundada em Murmansk. O trabalho da ONG é dedicado à solução de problemas de segurança nuclear e da radiação. Especialistas da organização fazem pesquisas e publicam relatórios e documentos apresentando suas posições.
(Der Uranberg)
Alemanha, 2010, 89 min
Direção: Dror Zahavi
Contact: www.saxonia-media.de
O mundo em 1947: A Guerra Fria já começou. A corrida armamentista nuclear entre os Estados Unidos e a Rússia se torna uma ameaça para a humanidade. A União Soviética tinha uma grande pressão para competir com os Estados Unidos na produção de bombas nucleares. Isto é o background do filme “Montanha de Urânio”, sobre a maior mineração de urânio da Europa, realizada na Alemanha Oriental para fazer as bombas nucleares soviéticas. Esta trágica história da Alemanha Oriental é até hoje desconhecida pelo mundo, porque foi um segredo da União Soviética. Por isso a mina não recebeu o nome de urânio, mas de um outro mineral, o wismut (bismuto).
Brasil/Alemanha, 2010, 27 min
Diretores e Produtores: Norbert G. Suchanek & Marcia Gomes de Oliveira
Este documentário é sobre a mineração e prospecção de urânio na Namíbia e seus efeitos sobre a população local, o meio ambiente e a escassez de água no Vale Kuiseb. Namíbia tem duas minas de urânio, outras dez estão em planejamento. A exploração está acontecendo no território do povo Topnaar-Nama. Seus recursos naturais e suas próprias vidas estão em perigo. A mineração de urânio não apenas produz poeira radioativa. Ela também desperdiça enormes quantidades de água, destruindo a terra natal dos Topnaar-Nama. O foco do filme são as aldeias Nama ao longo do Vale Kuiseb e o Rei Nama Samuel Khaxab, que iniciou uma campanha para informar seu povo sobre os riscos ambientais e da radioatividade causados pelas minas de urânio. "Queremos parar o mineração de urânio", diz ele.
O povo indígena Nama é parente dos San, no Kalahari. Eles compartilham a mesma família linguística com base nos sons de estalos click-clack. Situados ao sul da África, entre Angola e África do Sul, os Nama (chamados também de Hottentot) foram primeiro explorados pelos colonizadores britânicos e alemães que os expulsaram da maioria de suas terras ao longo da costa da Namíbia, devido a grande quantidades de diamantes que possuía. Depois, foram colonizados pela África do Sul e seu . Hoje, expulsos de quase o resto de suas terras em nome da conservação da natureza, o que lhes resta é o Vale Kuiseb.
Filme fora da mostra competitiva do Uranium Film Festival.
(Into Eternity)
Dinamarca, 2010, 75 min
Direção: Michael Madsen
Produtor: Lise Lense-Möller / FILMES Hora Mágica
Todos os dias, em todo o mundo, grandes quantidades de resíduos altamente radioativos, produzidos por usinas de energia nuclear, são colocados em depósitos provisórios, vulneráveis aos desastres naturais, às catástrofes provocadas pelo homem e às mudanças da sociedade. Na Finlândia, o primeiro depósito permanente do mundo está sendo cavado em uma rocha sólida - um gigantesco sistema de túneis subterrâneos - que precisará ter a durabilidade de 100 mil anos, pois este é o tempo que os resíduos permanecem perigosos.
"Ao Infinito" ganhou o Prêmio do Júri como o melhor longa-metragem.
Geórgia / Holanda, 2003, 16 min
Direção: Janita Top & Marij Kloosterhof
info@falkor.org
A situação relativa aos resíduos radioativos na Geórgia é muito grave. Foi causada, principalmente, quando grande parte do exército soviético deixou a Geórgia (Sul do Caucásio). Eles deixaram as bases sem verificar os conteúdos que ficaram por lá e sem “devolvê-los”, especialmente quando a primeira parte foi embora.Um grande perigo são as baterias radioativas (uma fonte de energia para antenas) que o exército soviético abandonou em vários lugares. Durante uma blitz policial em junho de 2003, a polícia apreendeu em Tbilisi, na Geórgia, um táxi que levava fontes radioativas de césio-137 e estrôncio. O proprietário do veículo disse que não sabia nada sobre o conteúdo da carga. Mesmo uma pequena fração de um curie de estrôncio, se inalado ou ingerido, pode causar câncer. Este é um exemplo das assim chamadas “Orphaned Sources” baterias radioativas abandonadas. Elas foram encontradas em florestas, rios e nas cidades. O filme mostra este gravíssimo problema, que também pode existir em outros países do mundo.
(Atomic Bombs on the Planet Earth)
Países Baixos/Reino Unido, 2011, 12 min, multilingue
Produção: Change Performing Arts of Milan
Entre 1945 a 1989, as cinco potências nucleares explodiram 2201 bombas atômicas sobre a Terra, produzindo destruição e contaminação radioativa, conhecida como "fall-out". Um filme experimental que mostra todas as explosões atômicas com data e nome dos responsáveis..
(Ragi Kana Ko Bonga Buru)
Índia, 1999, 52 min
Direção Shri Prakash
Classificação indicativa 16 anos
Sobre a mineração de urânio e seus impactos aos povos que vivem perto da mina Jadugoda, moinho e barragem de rejeitos, no distrito de Singhbhum, Leste de Jharkhand (Índia). Mineração insegura, moagem e gestão de rejeitos pela empresa UCIL (Uranium Corporation of India Limited) nesta área há quase 30 anos, resultou em excesso de radiação, contaminação da água, solo e ar, destruição da ecologia local, gerando mutação genética e morte lenta para as pessoas da região. O filme mostra a absoluta falta de preocupação das autoridades com as normas internacionalmente aceitas e precauções de segurança na manipulação de urânio e seus derivados, e sua insensibilidade com o impacto desastroso sobre as pessoas e região.
(Der zehnte Castor-Transport nach Gorleben)
Alemanha, 2007, 43 min, alemão/ legenda castelhano
Protestos contra o transporte de resíduos altamente radioativos da usinas nucleares na Alemanha. Em nenhuma parte do planeta existe um depósito nuclear seguro para este lixo que vai permanecer perigoso até no mínimo um milhão de anos. Na Alemanha, há 30 anos atrás, os políticos decidiram que uma salina explorada e desativada, perto da Cidade de Gorleben, seria o depósito permanente do lixo radioativo da Alemanha. Além disso, foi decidido fazer também um depósito temporário nesta salina. Mas, cientistas descobriram que esta salina não é segura. Desde o início, na década de 1980, mais de cinco mil pessoas que vivem na região lutam contra os projetos nucleares e o transporte do lixo radioativo para este depósito. O lixo altamente radioativo é transportado em contêiner especial com o nome de Castor. Filmamos os protestos contra o 10º transporte até Gorleben, em novembro de 2006. Milhares de pessoas provenien-tes de todas as partes da Alemanha se juntaram para protestar pacificamente junto ao moradores contra esta loucura nuclear.
O filme mostra pessoas que se sentam sobre vias férreas e estradas, geralmente no frio, às vezes, brutalizados pela polícia. Ele pergunta onde elas encontram a coragem e a motivação para resistir, mas também sobre o seu medo e sua impotência diante de um exército de mais de 20.000 policiais.
Contato: cinerebelde@cinerebelde.org
Brasil, 1989, 95 min
Direção: Roberto Pires
Produção: Laura Pires
Uma cápsula de chumbo foi encontrada por catadores nos escombros do Instituto Goiano de Radioterapia, na Cidade de Goiânia, em Goiás. Eles pensaram que podiam ganhar algum dinheiro com aquilo. Dias depois, começaram a passar mal e resolveram vender a cápsula para um ferro velho. Devair, dono do ferro velho, comprou a cápsula para aproveitar o chumbo e tentou abri-la, e descobriu que o material emitia uma luz azul à noite. A partir daí, passou a mostrar para amigos e familiares. Era o césio-137, que deixou centenas de contaminados e um número desconhecido de mortos (quatro mortes foram constatadas oficialmente).
Césio 137. O Pesadelo de Goiânia recebeu o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Natal; seis prêmios no Festival de Brasília de 1990 e o Prêmio Juri Popular no Uranium Film Festival.
Brasil, 2003, 24 min
Diretor Luiz Eduardo Jorge
Produtora Laura Pires
MELHOR CURTA JURI POPULAR 2011
Curta-metragem brasileiro que mostra os efeitos de uma verdadeira tragédia ao vivo sobre o lançamento de substâncias radioativas de césio-137 em uma área povoada, na cidade de Goiânia, Brasil, em 1987. Foi o pior acidente radioativo na América Latina, que custou a vida de muitas pessoas e a saúde de centenas ou talvez milhares de sobreviventes. 15 anos de dor, medo, pânico e dúvida. Segregação, discriminação e morte de vítimas de um dos maiores acidentes radiológicos do mundo, com danos irreversíveis para as pessoas e o meio ambiente. O roteiro é baseado em depoimentos das vítimas.
(Tchernobyl, Une histoire naturelle?)
França, 2009, 90 min
Dirigido por Luc Riolon
Produzido por Camera Lucida Productions, www.cameralucida.fr
Em 26 de abril de 1986, o reator n º 4, na usina Lenin, em Chernobyl, saiu de controle, causando o que todos nós sabemos: a contaminação radioativa, criando uma zona de exclusão de 30 km de raio em torno da estação de energia. Nesta zona proibida, a fauna e flora foram deixados à própria sorte. O que aconteceu com essa vida selvagem, livre da pressão humana, mas imersa "inferno" radioativo de Chernobyl? Para os cientistas, a zona proibida de Chernobyl tornouse um laboratório ao ar livre, tragicamente imprevisível mas um grande laboratório. É uma estranha terra sem gente, onde geo-químicos, zoólogos e radioecologistas estão fazendo descobertas desconcertantes.
"Chernobyl, uma História Natural?" foi selecionado pelo Júri como um dos oito melhores documentários do festival.
(Climate of Hope)
Austrália, 2007, 30 min
Dirigido por Scott Ludlam
Produzido por Anti-Nuclear Alliance of Western Australia, www.anawa.org.au
Mudanças climáticas, a energia nuclear e a revolução energética: “Clima de Esperança” é um documentário de 30 minutos ,criado para desmistificar as altera- ções climáticas e a energia nuclear. Enquanto a ameaça da mudança climática é agora amplamente aceita pela sociedade, o potencial para uma série de estações de energia nuclear na Austrália tem levantado questões sobre a melhor estratégia para o nosso país se transformar em uma economia de baixo carbono. Este documentário animado leva os espectadores a uma viagem através da ciência da mudança climática e da cadeia do combustível nuclear e a revolução energética notável que está em curso.
"Clima da Esperança" foi selecionado pelo Júri como um dos oito melhores documentários do festival.
(Beating the Bomb)
Reino Unido, 2010, 71 min
Produzido e dirigido por Meera Patel e Wolfgang Matt
Produção Maddmovies
Uma história sobre a maior arma de destruição em massa já criada pelo homem, sobre as pessoas que a utiliza e, o mais importante, sobre as pessoas que combatem o seu uso. "Combate à Bomba" é a história do movimento pacifista britânico contra a era atômica. O filme também mostra como as armas nucleares se inserem no contexto dos debates sobre justiça global.
www.beatingthebomb.com "Combate à Bomba" foi selecionado pelo júri do Uranium Film Festival como um dos oito melhores documentários do Festival.
(Ashes to Honey: For searching a sustainable future)
Japão, 2010, 116 min
Há 28 anos, o povo da ilha japonesa Iwaishima, está lutando contra a construção de uma usina nuclear. O povo desta ilha consegui manter as suas tradições ao londo dos últimos mil anos. Takashi, um dos mais jovens da ilha, está lutando para viver uma vida baseada na energia sustentável. Enquanto isso, comunidades na Suécia estão realizando esta forma de vida sustentável. Paralelamente, na Ilha Iwaishima, o Sr. Ujimoto começou implementar uma agricultura sustentável nas lavouras abandonadas. Mas uma empresa de energia quer destruir a baía para fazer um aterro. O povo da ilha se juntaram para parar a construção da usina nuclear. Começa uma briga no mar.
Das Cinzas ao Mel chegou ao Uranium Film Festival depois do período oficial de inscrições, encerrado em 20 de janeiro de 2011. Após o acidente nuclear em Fukushima, em 11 de março, a Diretora Kamanaka procurou o Festival solicitando a inclusão de seu filme. Como uma homenagem às vítimas e às pessoas no Japão que já se preocupavam com o assunto antes deste acidente, decidimos exibi-lo na categoria não competitiva.
Brasil, 2008, 36 min
Diretores e Produtores: Daniela Mazur, Ana Rios, Ricardo Busquet. Colégio Santa Mônica de São Gonçalo.
É um filme de ficção feito pelos alunos do Colégio Santa Mônica de São Gonçalo (Rio de Janeiro). Como atividade da aula de Química, os alunos criaram uma estória, baseados no acidente radioativo que ocorreu em Goiânia, em 1987, com o elemento químico de número atômico 55, também chamado de césio-137. A estória se passa no próprio bairro em que moram e onde um lixo radioativo foi depositado clandestinamente em seu campo de futebol.
"Escolhemos Elemento 55 como um bom exemplo para mostrar aos outros estudantes e escolas que é possível produzir seus próprios filmes sobre questões nucleares e radioativas."
- Marcia Gomes de Oliveira
(Deadly Deception)
EUA, 1991, 29 min
Direção: Debra Chasnoff
O documentário revela os desastrosos efeitos para a saúde e o meio ambiente provocados pela produção de material nuclear pela General Electric Corporation (GE). A maioria das pessoas responsabiliza os governos nacionais pela corrida de armas nucleares e pelos seus efeitos colaterais desastrosos à saúde e ao meio ambiental. Mas e as empresas que influenciam e lucram com a corrida ao armamento nuclear? E a responsabilidade das corporações multinacionais, como a General Electric, líder no setor, por exemplo? A GE diz "Trazendo Coisas Boas para a Vida." Mas isto é verdade? Com humor negro, “Engano Mortal” justapõe comerciais “rosados” da GE com as verdadeiras histórias de pessoas, cujas vidas foram devastadas pelo envolvimento da empresa em testes e na fabricação de bombas. Ele revela o que a GE nunca quis que seus clientes soubessem e mostra a esperança das pessoas que trabalham para mudar a indústria mais mortal de todas. Nos arredores de Hanford (usina de produção de bomba nuclear em Washington, localizada em um trecho da estrada conhecida como “Quilometro da Morte”), 27 de 28 famílias têm sofrido de cânceres mortais ou defeitos de nascimento.
Contato: www.groundspark.org
(Uranium Road)
África do Sul, 2007, 52 min,
Direção: Theo Antonio
Produção: Jenny Hunter
Estrada de urânio é um documentário penetrante que rasga o véu do segredo tanto do passado quanto do presente do programa nuclear sul africano, mostrando como a indústria nuclear cria pequenos grupos fechados de poder e mina fundamentalmente os princípios democráticos da nossa jovem democracia, repetindo erros do passado. Expõe a indústria de bilhões de rands (moeda sul africana) que se baseia em uma tecnologia cuja segurança e vantagem econô- mica não são comprovadas. Combinando imagens de arquivo, entrevistas com especialistas locais e internacionais, o filme conta a história de uma comunidade que está à beira de receber lixo nuclear na cênica Namaqualand, provocando um corte no coração de nossa democracia.
(La guerre radioactive secrète)
França, 2000, 64 min
Direção: Martin Meissonnier
Contato: www.campagnepremiere.fr/uranium.html
Depois da Guerra no Iraque, em 1991, muitas crianças iraquianas nasceram deformadas. Também nos EUA, milhares de soldados sofreram a chamada “Doença da Guerra do Golfo” e suas crianças também nasceram deformadas. Este filme é uma investigação sobre as armas de urânio empobrecido usadas nesta Guerra e que são a causa verdadeira das doenças e deformações.
(Hibakusha, Our Life to Live)
EUA, 2010, 87 min
Memória Productions, www.memoryproductions.org
Hibakusha são os sobreviventes das bombas atômicas, eles não são apenas japoneses, como também coreanos e americanos. Neste filme, suas histórias são interligadas através da relação entre Eiji Nakanishi (um dos mais jovens sobreviventes de Hiroshima) e sua amiguinha Yoko, uma menina de oito anos de idade. Nakanishi ensina a menina a tocar violão. Pouco a pouco ela recebe as experiências dos Hibakusha. De um modo lírico e poético, o filme mostra um dos episó- dios mais tristes na História da Humanidade. Assim, ele exibe o bombardeio de Nagasaki através do foco de uma cerimônia de casamento.
(Fight for Country)
Austrália 2001/2002, 62 min
Escritor / diretor / câmera: Pip Starr, Rockhopper
Productions, ww.rhproductions.com.au
Este documentário foi realizado com a cooperação do clã dos aborígenes Mirrar - os donos da terra onde Jabiluka está sendo construída. Ele conta a história de uma das maiores campanhas pelo direito à terra e ao meio ambiente na Austrália: a luta para parar a construção de uma segunda mina de urânio dentro de Kakadu National Park, a mina de Jabiluka.. O filme deixa claro que a Lei dos Direitos da Terra não está permitindo que os povos indígenas controlem as atividades em suas terras, e que os seus direitos políticos e culturais continuam a ser corroídos. Luta pela Terra é uma história poderosa e inspiradora de uma nação indígena que se posiciona diante de seu país e de australianos não-indígenas que se colocam ao seu lado.
Brasil, 2008, 30 min
Direção: Ângelo Lima
Em 1987, aconteceu em Goiânia um dos maiores acidentes radiológicos do mundo. As vítimas contam como foi e como estão vivendo hoje. De quem foi a culpa deste acidente? O que o Governo está fazendo para amparar as vitimas que foram atingidas diretamente? Medo e silêncio tomam conta de uma cidade.
Melhor Curta 6 MOVA CAPARAO; Melhor Curta, Melhor Edição, Melhor Direção na 6ª MOSTRA ABD-Goiás; 2º Melhor Filme Ambiental no Festival de Cinema, Cusco.
(The Return of Navajo Boy)
EUA, 2000, Epílogo de 2008, 57 min
Diretor Jeff Spitz
Co-produzido por Jeff Spitz e Klain Bennie. Contato: www.navajoboy.com
O Retorno do Menino Navajo é um documentário aclamado internacionalmente, que reuniu uma família Navajo e desencadeou uma investigação federal sobre contaminação por urânio. Conta a história de Elsie Mae Begay, cuja história em imagens revela uma incrível luta pela justiça ambiental. Um filme da década de 1950, chamado “Navajo Boy”, trouxe a memória de volta para as pessoas nativas que participaram em sua infância do filme, provocando desdobramentos em direções surpreendentes. O documentário incentiva uma família Navajo a compartilhar as lembranças marcantes que envolvem a produção cinematográfica de Hollywood, a mineração de urânio e do mistério de um menino desaparecido há muito tempo por ter sido levado por brancos missionários. Seu nome era John Wayne Cly.
O Retorno do Menino Navajo foi selecionado como um dos oito melhores documentários do festival de 2011.
Brasil, 1990, 26 min
Direção: Eva Lise Silva, Ligia Girão, Stela Grisotti, Walter Behr
É o primeiro documentário feito sobre as usinas nucleares do Brasil, Angra 1 e Angra 2, na região da Mata Atlântica, no Sul do Rio de Janeiro. Com humor irônico, o filme mostra que, em caso de um acidente nas usinas, a segurança oficial e o plano de evacuação para proteger a população local e os turistas são, no mínimo, uma piada. Pior: Angra 1 e 2 foram construídas em uma praia, que a população indígena deu o nome de Itaorna, o que significa Pedra Podre.
(Todesstaub)
Alemanha, 2006/2007, 93 min
Direção: Frieder F. Wagner
ochowa-film@t-online.de
O filme acompanha o Professor Guenther, especialista em doenças tropicais e epidemiologista, e seus colegas especialistas sobre os efeitos da munição de urânio empobrecido utilizada no Iraque, Kosovo, Bósnia, embora há muito tempo banida das Convenções de Haia e Genebra. A munição penetra como uma faca de aço em uma manteiga e então explode em nanopartículas radioativas que se dispersam: Ventos podem tranquilamente transportá-las por todo o nosso planeta. Despercebidas por todos em contato com elas, são absorvidas pelo corpo como a água por uma esponja, deixando para trás um caminho de destruição nas células que elas passam. Em sua busca em campos de batalha contaminados, o Professor Guenther e seu colegas cientistas descobriram, por exemplo no Iraque, que as áreas com contaminação radioativa é 30.000 vezes maior do que os níveis naturais de radiação da Terra.
(When the Dust Settles)
Austrália, 2010, 35 min
Direção: David Bradbury
O filme combina comédia e drama sobre os perigos da mineração de urânio para os trabalhadores da mineração e para as comunidades que vivem próximas às minas de urânio. Explica também os perigos do ciclo do combustível nuclear e do uso do resíduo nuclear para a produção de armas - em grande parte proveniente das minas de urânio da Austrália. A mensagem é simples e clara: Apesar das garantias das empresas de mineração, não há um NÍVEL SEGURO de exposição à radiação que não ofereça risco de ocorrência de câncer ou defeitos congênitos. Este filme é uma exibição obrigatória para trabalhadores da indústria de urânio.
(Om bergen faller sönder)
Suécia, 2011, 35 min
Diretor e Produtor: Klara Sager
Sob a superfície é um documentário sobre a exploração de urânio no norte da Suécia. Barbro é uma proprietária da mercearia local, na maravilhosa área montanhosa de Hotagen. Um dia, homens com o indicator de radioatividade Geiger entraram em sua loja. Algo nas montanhas os atrairam - foi uma descoberta de urânio. Logo em seguida empresas de exploração chegaram. A área de montanha é também o que resta da terra natal para duas comunidades indígenas Sami. Eles agora vivenciam uma grande dificuldade para sobreviver como um povo indígena. Um filme sobre o conflito de moradores com as empresas e sobre o lado oculto da energia nuclear. É também uma história sobre a crise alarmante no mundo moderno, onde as pessoas e a natureza são sacrificadas em nome do desenvolvimento.
“Sob a Superfície” foi selecionado pelo Júri como um dos oito melhores documentários do festival.
(Ground Zero/Sacred Ground)
EUA, 1997, 9 min, Animação, sem diálogo
Diretora: Karen Aqua
No sudoeste dos Estados Unidos existe um importante sítio arqueológico dos povos indígenas pré colombianos. Mais de 10 mil pinturas rupestres mostram a história do povo Jornada Mogollon que viveram entre 900 e 1400 DC. Há 35 milhas deste local, os Estados Unidos detonaram a primeira bomba atômica do mundo, em 16 de julho de 1945. O lugar desta primeira explosão nuclear é chamado de Ground Zero. A justaposição temporal deste local aponta para o contraste entre dois mundos: um que reverencia e vive em harmonia com o mundo natural, e outro que, na luta para controlar as forças da natureza, criou um meio para a sua destruição. Este filme de animação explora essas forças opostas e as relações e efeitos de um sobre o outro.
(U: Uranium)
EUA, 2010, 11 min
Direção: Sarah del Seronde
Produtores Executivos: First Nations Development Institute, Seventh Generation Fund, Western Action Mining Network, Navajo Waters
As águas e a saúde dos comunidades nativas e não nativas próximas ao Grande Canyon e em todo o Sudoeste dos Estados Unidos foram contaminadas por décadas pela mineração de urânio. Ainda hoje novas minerações de urânio estão depositando seus rejeitos radioativos na Bacia Hidrográfica do Rio Colorado e ameaçam diretamente o abastecimento de água de 25 milhões de pessoas. O filme nos ajuda a entender melhor sobre urânio - o que sabemos sobre isto, seus efeitos sobre pessoas e como nos proteger nosso Futuro de qualquer outro dano causado pelo urânio.
(Un dimanche à Pripiat)
França, 2006, 26 min
Escrito e dirigido por Blandine Huk & Cousseau Frédéric
Em um lugar na Europa existe uma zona proibida. No coração desta zona proibida está Pripyat, que foi uma cidade modelo habitada por cerca de 50.000 pessoas. Em de 26 de abril de 1986, um inimigo invisível forçou os moradores de Pripyat evacuar a área. Pripyat foi a casa dos trabalhadores da Usina Nuclear de Chernobyl. Ela foi totalmente abandonada em 1986, após o desastre de Chernobyl.
"Um domingo em Pripyat é um testemunho da destruição ambiental e humana causados pela catástrofe da usina nuclear de Chernobyl."
(Uranium)
Canadá, 1990, 48 min
Direção: Magnus Isacsson
Produção: Nacional Film Board of Canada
Este filme expõe os problemas éticos e ambientais que cercam a prática da mineração de urânio no Canadá. O filme oferece alguns fatos contundentes e pouco conhecidos sobre o impacto negativo da mineração de urânio sobre o meio ambiente, assim como, sobre a saúde dos trabalhadores na indústria nuclear. Tóxico, o resíduo radioativo é um subproduto da mineração de urânio severamente prejudicial, e causa profundo dano ambiental a longo prazo. O mesmo resíduo radioativo coloca os mineiros em situação de extremo risco de desenvolver câncer. A maioria das minas até hoje tem sido historicamente nas terras das populações nativas do Canadá, por isso a mineração de urânio viola a economia tradicional e a vida espiritual da maioria dos povos indígenas.
(Urânio 238: A Bomba Suja do Pentágono)
Costa Rica, 2009, 28 min
Direção: Pablo Ortega
Produção: Isabel Macdonald e San José Quaker Peace Center
Urânio 238 mostra os perigos que o urânio empobrecido ou DU (em referência às iniciais em inglês das palavras urânio empobrecido: depleted uranium) usado nas armas convencionais apresenta para a saúde dos soldados e civis. Através de entrevistas com soldados, cientistas e ativistas, o documentário explora os riscos para a saúde quando este material radioativo e tóxico é ingerido ou inalado por pessoas nos campos de batalha e campos de tiro. Baseado em dados científicos, o filme tem sido utilizado pela Coalizão Internacional para a Proibição das Armas de Urânio (ICBUW), como parte de sua campanha internacional para proibir DU como um componente militar.
Uranio 238: A Bomba Suja do Pentágono ganhou o Prêmio do Júri como Melhor Curta. Isabel Macdonald: "Ganhar este prêmio vai ajudar os esforços internacionais no sentido de um tratado que proíba armas de urânio empobrecido em todo o mundo. "
(Poison Wind)
EUA, 2007, 37 min
Direção: Jenny Pond
Produzido por Norman Patrick Brown & Jenny Pond
Orientador: Manuel Pino
O filme conta a história de um governo corrupto, inescrupuloso e uma ganância política de destruição, visando a terra natal dos Povos Indígenas, desde a década de 1940 até hoje. É um documentário sobre a mineração de urânio e os efeitos devastadores sobre as pessoas, os animais, a água e a agricultura na área de 4 Corners nos EUA e Grand Canyon. Vento Venenoso nos leva ao movimento político e ambiental do Povo Navajo (Diné) e Povo Pueblo (Acoma e Laguna) do Novo México, Western Shoshone, Hualapai e Havasupai, onde hoje muitas pessoas sofrem indiscriminadamente os efeitos da radioatividade por residirem próximos às terras contaminadas. Vento Venenoso destaca a ganância das mineradoras que estão determinadas a destruir o equilíbrio da vida criada pelos povos destas terras sagradas, oferecendo somente a morte como sentença final. Este filme é uma “História Oral e Visual” contada pelos próprios povos que sofrem e falam com seus corações sobre como a mineração de urânio os vítimou.
Info: https://poisonwindmovie.wordpress.com/
Premiado com o Nuclear Free Future Award 2008
(Muckaty Voices)
Austrália, 2010, 10 min
Direção: Natalie Wasley
Vozes do Povo Muckaty captura a resistência de uma comunidade aborígene diante de um plano do governo australiano de depositar lixo radioativo em seu território no Muckaty Station, 120 km ao norte de Tennant Creek no Northern Territory. A decisão do governo gerou muitas críticas da comunidade, organiza- ções indígenas, ONG de saúde e ambientais. O filme apresenta o território e a comunidade afetada por este plano.
O filme foi produzido para o Povo Muckaty por Enlightning Productions, com o apoio da Iniciativa Beyond Nuclear: www.beyondnuclearinitiative.com
Alemanha, 2010, 35 min
Director. Joachim Tschirner
Classificação indicativa 12
A mentira da energia limpa A mineração de urânio, o primeiro passo na cadeia da indústria nuclear, conseguiu por décadas se manter longe dos olhos do público. Uma teia de propaganda, desinformação e mentiras cobre sua história suja por mais de 60 anos. A terceira maior mina de urânio do mundo estava localizada nas províncias do leste alemão da Saxônia e Turíngia. Ela recebeu o nome de mina de bismuto (Wismut) para encobrir a verdadeira finalidade. Controlada pela URSS, ela funcionou até a Reunificação com a Alemanha Ocidental. Até 1990, Wismut forneceu à União Soviética 220.000 toneladas de urânio. Em termos absolutos, essa quantidade foi suficiente para a produção de 32 mil bombas de Hiroshima. Durante os últimos 20 anos, o governo alemão tem feito um grande esforço financeiro para executar a maior operação de limpeza na história da mineração de urânio no mundo. O filme também leva os telespectadores para fora da Alemanha até às maiores minas de urânio à céu aberto do mundo na Namíbia, Austrália e Canadá.
EUA, 2009,10 min
Direção: Brock Williams
Da exploração à produção de combustível, este documentário relata a contamina- ção, o alto consumo de água, a geração de resíduos tóxicos e radioativos, os custos do contribuinte americano com os subsídios do governo, os impactos na saúde e as emissões de CO2 que são causados pelo ciclo do combustível nuclear. Cada fase tem o seu próprio impacto de devastação ao meio ambiente e à população do entorno, no aspecto socioeconômico, da saúde e segurança. Este filme lança um olhar mais profundo sobre fatos que são, frequentemente, deixados de lado. América está andando no caminho do Yellowcake. Mas diante desta informação, devemos fazer a pergunta necessária: É isto o que realmente queremos? Este pequeno documentário foi criado por Boxcar Films, em 2009, para explorar o “front-end” da produção de combustível nuclear. O curta foi financiado pelo Cidadãos do Colorado Contra Lixo Tóxico.