Uranium Film Festival na Cinemateca do MAM Rio, 16 e 17 de Julho 2015: No dia 16 de julho de 1945, a era nuclear saiu das quatro paredes dos laboratórios e começou a se espalhar na atmosfera. 70 anos depois, no dia 16 de julho de 2015, o Uranium Film Festival tirou o assunto do baú do esquecimento e levou para a Cinemateca do MAM Rio. Antes de lançar as bombas sobre Hiroshima e Nagasaki, o governo norte americano testou uma bomba atômica em seu próprio território para saber o que estava sendo criado. O que separa o criador da criatura? Qual o limiar entre a virtude e a ciência? Importante reflexão proporcionada pelo filme “Pequeno Objeto A” do cineasta Daniel Abib que esteve presente no festival e conversou com o público, no dia 16 de julho.
Outra produção brasileira de grande valor foi “Revista da Morte” do jornalista Laércio Tomaz que também é assessor de imprensa do CONTER (Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia) e apoiou a participação de Laércio no festival. Após a exibição de seu filme, Laércio nos contou que realizou esta reportagem como um modo de divulgar um problema grave que está acontecendo nos presídios que substituíram a revista íntima de visitantes pelo uso de aparelhos especiais de raio-x (body scann). Abortos, tumores e direitos humanos violados: este é o retrato de quem precisa visitar seus parentes nos presídios. Mas Laercio que também é assessor de imprensa do CONTER (Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia) vai mais longe. Ele deixou claro que a ignorância e ausência de responsabilidade dos carcereiros estão ameaçando suas próprias vidas. Para quem perdeu a oportunidade de ver o filme na grande tela e conhecer o diretor Laércio Tomaz no festival: https://www.youtube.com/watch?v=bvufJtmoVeo
Foto: O Professor de Radiobiologia Alphonse Kelecom (Universidade Federal Fluminense) esteve em Hiroshima e duas vezes em Fukushima. Após a sessão Fukushima, apresentou ao público explicações técnicas claras e precisas sobre o que está acontecendo com a saúde das pessoas, dos animais e do ambiente em Fukushima.
Foto: “Rosa de Hiroshima” brilhou na abertura do festival. Estudantes do coral e conjunto de flautas da Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch/Faetec cantaram "Rosa de Hiroshima", do famoso poeta brasileiro Vinicius de Moraes.
Foto: Estudantes dando depoimentos à TV Brasil sobre a importância de lembrar os 70 anos da primeira explosão atômica. A Cinemateca do MAM Rio mais uma vez abriu suas portas para o Uranium Film Festival, 16 e 17 de julho de 2015. Reflexão, ciência, arte, filosofia, saúde pública, toda a gama de informações que este festival de cinema proporciona não pode ser interrompida. Apoie esta iniciativa: http://uraniumfilmfestival.org/pt-br/informacao-e-a-melhor-prevencao
Pense global, atue local: Graças à Fundação Heinrich Boell no Rio de Janeiro podemos apresentar novos filmes sobre Fukushima e Chernobyl com legendas em português. Além da Fundação agradecemos os nossos parceiros locais de Santa Teresa: Bar do Mineiro, Armazém São Thiago e Esquina de Santa.
Para não esquecer: http://www.revistapontocom.org.br/destaques/para-nao-esquecer