VENCEDORES 2016

URANIUM FILM FESTIVAL RIO DE JANEIRO

6º International Uranium Film Festival Rio de Janeiro. Filmes da Austrália, Brasil, Dinamarca, Espanha, Itália e Suíça receberam o troféu “Einstein Amarelo” da 6ª edição do International Uranium Film Festival Rio de Janeiro 2016.

VENCEDORES DO URANIUM FILM FESTIVAL 2016

Os melhores filmes do 6º International Uranium Film Festival Rio de Janeiro 2016 foram de oito países: Alemanha, Austrália, Brasil, Dinamarca, Espanha, Holanda, Itália e Suíça. Seis filmes receberam o troféu “Einstein Amarelo” e mais quatro receberam Menção Honrosa.

De 20 a 29 de maio de 2016, na Cinemateca do MAM, foram exibidos um total de 49 filmes de 22 países sobre energia nuclear, urânio, segurança nuclear e riscos da radioatividade. Treze cineastas e produtores internacionais estiveram presentes. Os melhores e mais importantes filmes foram premiados pelo júri do festival.

"Desde o início a radiação faz parte da humanidade. Há radiação natural vindo do espaço e das rochas sob nossos pés. Mas por causa da descoberta e uso do poderoso elemento urânio, temos também a radiação proveniente da contaminação do nosso planeta, por exemplo, através da mineração de urânio e de 2.000 bombas atômicas que já explodiram na atmosfera pelos EUA, Rússia, França, Reino Unido e China ", diz o diretor do festival Norbert G. Suchanek.

A radioatividade é invisível, não tem cheiro e não tem cor. "É um enorme desafio filmar algo que você não pode ver, mas algo que ainda pode ferir ou até mesmo matá-lo", diz Suchanek. "Fazer filmes nucleares às vezes é algo bastante arriscado. E o Uranium Film Festival tem o dever de honrar e celebrar esses cineastas e seus trabalhos".

TROFÉU EINSTEIN AMARELO

O troféu “Einstein Amarelo” para os melhores filmes do ano é uma obra de arte confeccionada pelo artista Getúlio Damado que vive próximo ao seu atelier ao ar livre no famoso bairro artístico de Santa Teresa. Ele cria o troféu com material reciclado desde o 1º Uranium Film Festival, em maio de 2011. Getúlio usa relógios quebrados para simbolizar o tempo atômico e que lembra os relógios parados de Hiroshima exatamente as 8:15 da manhã quando a bomba atômica explodiu em 6 de agosto de 1945.

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUDRAMA

THE MAN WHO SAVED THE WORLD (O HOMEM QUE SALVOU O MUNDO)

Dinamarca, 2014, 105 min. Direção Peter Anthony, Produção Jakob Staberg, Statement Film, Co-produção: WG Filme, Docudrama com participação especial de Kevin Costner, 105 min. Russo e inglês com legendas em português. 

Guerra Fria. No dia 26 de setembro de 1983, radares russos interceptam cinco mísseis nucleares em seu caminho para a Rússia. Stanislav Petrov é o comandante-chefe. A decisão de começar a Terceira Guerra Mundial repousa sobre seus ombros. Uma história emocionante sobre o homem que realmente salvou o mundo. "Poucas pessoas sabem de Stanislav Petrov... e centenas de milhões de pessoas estão vivas por causa dele."  Kevin Costner

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

FUKUSHIMA: A NUCLEAR STORY

Itália, 2015, Direção Matteo Gagliard, Produção Christine Reinhold, Teatro Primo Studio – Film Beyond. Documentário, 84 min, inglês, italiano e japonês com legendas em português. http://www.nuclearstory.com/

O repórter Pio d’Emilia da TV italiana Sky News Italy vive há muitos anos no Japão. Ele observou a tragédia nuclear de Fukushima desde o seu início, de 11 de março de 2011 a março de 2015. O filme é um concentrado de 300 horas de imagens chocantes e entrevistas com pessoas afetadas, especialistas e políticos como o ex-Primeiro Ministro Naoto Kan que explica o que realmente aconteceu e está acontecendo em Fukushima. Trailer: https//vimeo.com/141632272 

MELHOR SÉRIE PARA TV

URANIUM – TWISTING THE DRAGON’S TAIL (URÂNIO - TORCENDO A CAUDA DO DRAGÃO)

Austrália, 2015, Direção Wain Fimeri, Genepool Productions para SBS Australia, PBS America e ZDF/Arte (França/Alemanha). Produção Sonya Pemberton. Documentário, 3 episódios de 51 min cada, inglês com legendas em português.

“Urânio - Torcendo a Cauda do Dragão” é uma nova série de documentário impressionante que explora a incrível história do urânio, desde a sua criação em uma estrela de explosão à sua implantação em armas nucleares, energia nuclear e medicina nuclear. É uma viagem por nove países e mais de um século de história, para descobrir a rocha que fez o mundo moderno.

REVELAÇÃO BRASIL - Por trazer ao Brasil o tema do uso do urânio empobrecido nas armas modernas.

DEVIL’S WORK (BALA PERDIDA)

Brasil / EUA, 2015, 19 min, Direção Miguel Silveira, Produção J.Charles Banks, Scott Riehs, Hugo Kenzo, Dp John Wakayama Carey, Missy Hernandez. Ficção, inglês com legendas em português. https://vimeo.com/110934948

Um menino problemático de 14 anos de idade cresce cada vez mais isolado, obcecado sobre as circunstâncias da morte de seu pai. Sua vida segue um curso sombrio e potencialmente violento que irá leva-lo a grandes verdades e ainda mais perguntas.

 “A minha decisão foi a de apresentar, de uma forma dialética, a questão da utilização de armas de urânio pelo Exército Americano. O filme pretende levar ao público dúvidas e autoquestionamentos: o urânio presente em armas causa, ou não, deformidades em fetos e crianças no Iraque e/ou nos Estados Unido? É possível transmitir esse tipo de contaminação genética através do esperma?  O governo Americano sabia ou não sobre a possibilidade de contaminação a qual seus próprios soldados foram expostos? O filme tem um tom expressionista. Mas mantém um compromisso com o realismo, a combinação de “tons” exalta o alto teor psicológico do filme e também da própria questão real abordada dentro da narrativa de “Bala Perdida”. Ainda está em debate se o urânio empobrecido é - ou não - a causa das múltiplas doenças desenvolvidas por soldados americanos e a população iraquiana após as duas guerras. Enquanto muitos renomados cientistas, veteranos de guerra e ativistas, afirmam que o urânio empobrecido é realmente a causa, o governo Americano, o Exército, e outros cientistas igualmente respeitáveis ​​afirmam que não é. O nosso interesse com este filme é explorar a investigação científica originada pela necessidade de responder a perguntas urgentes. Nós não estamos em posição de reivindicar - também não é nosso interesse ​em fazê-lo, mas acreditamos que é importante levantar tais questões. Nosso filme habita a intersecção entre a posição oficial do governo Americano sobre urânio empobrecido e a posição diretamente contrária ao governo.” Miguel Silveira

“Este é o lado humano da estória de uso de urânio empobrecido nas guerras modernas, que poucas vezes é percebida e contada. Um filme sereno que aborda um assunto tão sério e profundo.” Damacio Lopez, Diretor do International Depleted Uranium Study Team.

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO

GRAFFITI                         

Espanha, 2015. Direção Lluís Quílez, Produção Lluís Quílez, Ester Velasco, Cristian Guijarro. Ficção, 30 min, inglês com legendas em espanhol. http://euphoriaproductions.net/graffiti_short_film/

Chernobyl: um mundo apocalíptico, a cidade devastada e um último sobrevivente. Edgar aprendeu a sobreviver evitando áreas contaminadas. Mas sua rotina é subitamente interrompida pela descoberta de um grafite na parede de seu quarto. Apenas uma palavra revela a presença de outro sobrevivente: “Anna”.

MELHOR ANIMAÇÃO

LUCENS

Suíça, 2015, Direção Marcel Barelli, Produção Nicolas Burlet. Animação, 7 min, francês com legendas em português. http://lucensfilm.blogspot.com.br

A história da primeira usina nuclear 100% Suíça... e também a última.

 

MENÇÕES HONROSAS

AWARE (CONSCIENTE)

Países Baixos, 2014, Direção e Produção Tineke van Veen. Documentário, 14 min, japonês com legendas em português. www.tinekevanveen.com

Este curta dá rosto e voz aos trabalhadores responsáveis pela limpeza da paisagem irradiada de Fukushima, no Japão. O que os motiva a realizarem este trabalho? A relação entre o homem e a natureza é discutida e o conceito de segurança e suas consequências globais abrem questões. A composição instrumental enfatiza a seriedade da situação. 

Menção honrosa para a artista visual Tineke van Veen por sua dedicação em dar voz aos trabalhadores da área contaminada de Fukushima, resultando em um filme instalação e no documentário “Aware/Consciente”

BEHIND THE URALS – THE NIGHTMARE BEFORE CHERNOBYL (ATRÁS DOS URAIS – O PESADELO ANTES DE CHERNOBYL)

Itália, 2015, Direção Alessandro Tesei, Produção "Mondo in Cammino Productions". Documentário, 62 min, italiano com legendas em português. http://www.alessandrotesei.com 

Mais de 60 anos se passaram desde que a Usina Nuclear de Mayak começou a contaminação maciça na área russa siberiana, atrás dos Montes Urais. Três acidentes catastróficos ocorreram entre 1949-1967. Os habitantes têm sido estudados há décadas e utilizados como animais de laboratório, a fim de obter dados sobre a irradiação. Mais de 40 anos se passaram antes que o antigo governo soviético tornasse o evento público. E hoje, as marcas do incidente são claras, impresso em pessoas locais com leucemia, tumores malignos e defeitos genéticos. Se queremos entender Chernobyl e saber o futuro de Fukushima, é preciso primeiro descobrir os segredos de Mayak. 

OPERACIÓN FLECHA ROTA. ACCIDENTE NUCLEAR EN PALOMARES (OPERAÇÃO FLECHA QUEBRADA. ACIDENTE NUCLEAR EM PALOMARES, ESPANHA)

Espanha, 2007, Direção José Herrera Plaza, Produção Antonio Sánchez Picón. Documentário, 96 min, espanhol com legendas em português.

Em 1966, dois aviões americanos caíram com quatro bombas atômicas em Palomares, uma vila  de pescadores, agrícola e turística no Mar Mediterrâneo, província de Almería, Andaluzia, na Espanha. Duas bombas explodiram e o material radioativo se espalhou sem controle. Além de realizar o documentário sobre o acidente, José Herrera também escreveu o livro homônimo “Operación Flecha Rota. Accidente Nuclear En Palomares”. Ed. Junta de Andalucia. Consej. Cultura. Sevilla 2003. 

CINEASTAS PRESENTES NO RIO

Alessandro Tesei, José Herrera Plaza, Marcus Schwenzel, Miguel Silveira, Missy Hernandez, Peter Anthony, Petrus Pires, Rainer Ludwigs, Reinhart Brüning, Roberto Fernández, Tetyana Cherniavska, Tineke van Veen e Wain Fimeri.

SOBRE O FESTIVAL 

Cerca de um ano antes do reator de Fukushima explodir, o International Uranium Film Festival (IUFF) foi fundado em 2010, no famoso bairro artístico de Santa Teresa, no coração do Rio de Janeiro. É o primeiro festival do gênero, abordando todas as questões nucleares e radioativas. O objetivo é informar sobre a energia nuclear, a mineração de urânio, armas nucleares e os riscos da radioatividade. Filme independente é a melhor maneira para trazer essa informação para um público internacional diversificado. E o festival é a melhor forma de levar filmes ao grande público! O horror das bombas atômicas e o sofrimento de suas vítimas, os acidentes nucleares como Three Mile Island e Chernobyl não devem ser esquecidos e nem repetidos. A 1ª edição do Uranium Film Festival estava pronta para acontecer, em maio de 2011, quando mais um acidente nuclear entrou para a nossa história, em Fukushima, no Japão.

Mineração de urânio, fracking, acidentes nucleares, fábricas de bombas atômicas, resíduos nucleares: contra ou a favor ao uso da energia nuclear, todas as pessoas precisam ser informadas sobre os riscos da radioatividade. O International Uranium Film Festival cria um espaço neutro para lançar luz sobre todas as questões nucleares. Ele também estimula novas produções, apoia o cinema "nuclear" e a discussão sobre a questão nuclear no Brasil e no mundo.

Banca de Júri

Alphonse Kelecom
Químico, Doutor em Ciências pela Universidade Livre de Bruxelas, especialista em Radiobiologia e Radioecologia, Decano do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ. Esteve duas vezes em Hiroshima, sendo a última vez ano passado, quando completou 70 anos da explosão da bomba atômica sobre a cidade. Kelecom já visitou quatro vezes Fukushima após o acidente nuclear.
Damacio Lopez
Fundador e Presidente da International Depleted Uranium Study Team, Estados Unidos.
Hernani Heffner
Curador Adjunto e Conservador-Chefe da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Professor de Cinema da PUC-Rio.
João Luiz Leocádio
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São de Paulo e Mestre em Engenharia Nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense, responsável por disciplinas como Cinema e Educação; Cinema, Ciências e Tecnologias.
Leo Ribeiro
Cineasta de Animação. Mestre em Animação pela PUC-Rio. 
Uwe Bünker
Diretor da Agencia de Casting "www.buenker-casting.de" em Berlim
 

DIRETORES DO FESTIVAL

Márcia Gomes de Oliveira - Fundadora e Diretora Executiva. Cientista Social, documentarista.
Norbert G. Suchanek - Idealizador, Fundador e Diretor Geral. Jornalista, escritor, documentarista e Correspondente no Rio de Janeiro.
 

APOIO AO FESTIVAL 2016

O festival agradece o apoio da Friedrich Ebert Stiftung Brasil, Goethe Institut Rio de Janeiro, Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro e FAETEC. Agradecemos nossos apoiadores locais Armazém São Thiago, Esquina de Santa, Bar do Mineiro, Cachaça Magnífica, Caffè Teichner e Villa Laurinda. 

APOIE O URANIUM FILM FESTIVAL

O Uranium Film Festival somente é possível com ajuda financeira de doadores individuais e empresas. O festival é um projeto do "Arquivo Amarelo", associação cultural sem fins lucrativos, sediada no Rio de Janeiro e registrada na Agência Nacional de Cinema e no Ministério da Justiça.  

Toda contribuição é bem-vinda. Obrigado!

Doação via transferência bancária.

Arquivo Amarelo
CNPJ 14.798.860/0001-27
Banco Bradesco / Agência Fátima - RJ
Nº do banco: 237 / Nº da Agência: 2803
Nº Conta Corrente: 012060-0

Emitimos recibo conforme Receita Federal

Sede Administrativa do Festival e inscrição de filmes

International Uranium Film Festival
Rua Monte Alegre 356 / 301
Santa Teresa /  Rio de Janeiro / RJ
CEP 20240-195   /  Brasil
Telefones
0055 - 21 - 2507 6704
0055 - 21 - 97207 6704
 

FOTO: Apresentação de performance dos alunos do 2º ano do Curso Técnico em Dança da FAETEC Adolpho Bloch - Victor Mendes & Helena Paim.

FOTOS DO FESTIVAL