A Sede do Urânio por Água

Brasil/Alemanha, 2010, 27 min
Diretores e Produtores: Norbert G. Suchanek & Marcia Gomes de Oliveira

Este documentário é sobre a mineração e prospecção de urânio na Namíbia e seus efeitos sobre a população local, o meio ambiente e a escassez de água no Vale Kuiseb. Namíbia tem duas minas de urânio, outras dez estão em planejamento. A exploração está acontecendo no território do povo Topnaar-Nama. Seus recursos naturais e suas próprias vidas estão em perigo. A mineração de urânio não apenas produz poeira radioativa. Ela também desperdiça enormes quantidades de água, destruindo a terra natal dos Topnaar-Nama. O foco do filme são as aldeias Nama ao longo do Vale Kuiseb e o Rei Nama Samuel Khaxab, que iniciou uma campanha para informar seu povo sobre os riscos ambientais e da radioatividade causados pelas minas de urânio. "Queremos parar o mineração de urânio", diz ele.

O povo indígena Nama é parente dos San, no Kalahari. Eles compartilham a mesma família linguística com base nos sons de estalos click-clack. Situados ao sul da África, entre Angola e África do Sul, os Nama (chamados também de Hottentot) foram primeiro explorados pelos colonizadores britânicos e alemães que os expulsaram da maioria de suas terras ao longo da costa da Namíbia, devido a grande quantidades de diamantes que possuía. Depois, foram colonizados pela África do Sul e seu . Hoje, expulsos de quase o resto de suas terras em nome da conservação da natureza, o que lhes resta é o Vale Kuiseb.

Filme fora da mostra competitiva do Uranium Film Festival.