Uranium Film Festival Portugal 2019

Uranium Film Festival em URGEIRIÇA 2019

Do Rio de Janeiro à URGEIRIÇA, Viseu & MANGUALDE, 13 a 15 de Setembro.

"Você não vai sair do jeito que veio!" 

De 13 a 15 de Setembro de 2019, o Uranium Film Festival está pela segunda vez em Portugal, sendo a primeira vez em Nelas, graças ao grande esforço do parceiro local do festival, a Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU). "Convidamos todo mundo para assistir os filmes e participar dos debates nas cidades Urgeiriça, Viseu e Mangualde com cineastas, cientistas, especialistas e ex-trabalhadores da mineração de urânio", diz a diretora do Uranium Film Festival, Márcia Gomes de Oliveira. "Esperamos um evento inesquecível e que você não saia do mesmo jeito que chegou!"

Programação Preliminar

 

URGEIRIÇA - SEXTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2019

 
17.00 horas - Receção dos Convidados  /  Cerimónia de Abertura
20.30 horas - Sessão de filmes

 

O MAL DA MINA

Portugal, 2011, Direção Mafalda Gameiro, Produção Rádio Televisão Portuguesa - RTP, reportagem, português, 29 min. - Uma reportagem que retrata o grave problema de saúde da população da Urgeiriça e de toda a zona de Viseu. Em causa estão inúmeros casos de pessoas que adoeceram e outras que faleceram vítimas de cancro. A reportagem "O Mal da Mina", de Mafalda Gameiro, foi distinguida com o prémio de jornalismo Novartis. https://www.rtp.pt/ noticias/pais/reportagem-da-rtp-o-mal-da-mina-premiada-com-premio-novartis_v556208 

Yellow Cake. A Sujeira Atrás do Urânio (curta-metragem) 

Alemanha, 2010/2014, Direção Joachim Tschirner, documentário, Inglês, legendas em Português, 35 min. - A mina de Wismut, na Alemanha Oriental, foi a terceira maior mina de urânio do mundo. Com a reunificação alemã, o governo fechou a mina e começou a “limpar” esta herança radioativa. Foi a primeira tentativa no mundo de fazer o tratamento correto de uma mina de urânio, minimizando os impactos ambientais destas montanhas e lagoas cheias de rejeitos radioativos e tóxicos. Ainda pouca gente sabe de onde vem o minério que alimenta a nossa Era Nuclear. É um filme fundamental para informar e educar o mundo. www.yellowcake-derfilm.de

Com presença da Mafalda Gameiro. Depois do filme, debate:  Os Efeitos da radioatividade nos trabalhadores mineiros e na população.

 

VISEU - SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2019

 
9.00 horas - Abertura
9.30 horas - Sessão de filmes
 

CEM ANOS DA URGEIRIÇA 

Portugal/Inglaterra, 2016, Direção James Ramsay Cameron, documentário, Audio Português e Inglês, com legendas em Português, 55 min. - História de uma das minas de urânio mais antigas do mundo, as Minas da Urgeiriça, no norte de Portugal, formalmente registrada em 1915. Em plena Segunda Guerra Mundial, o urânio era vendido ao governo britânico, que passou a controlar a mina de 1945-62, produzindo combustível nuclear para as suas bombas atômicas e atraindo a atenção de espiões soviéticos. O ditador Salazar usou as minas como foco das suas ambições em transformar Portugal em potência nuclear. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, a mina foi forçada a tornar-se economicamente auto-suficiente e encontrou Saddam Hussein como cliente. O filme conta a história através de raras imagens de arquivo e das vozes daqueles que viveram e trabalharam na Urgeiriça. Filme / Trailer:  https://vimeo.com/167864963

Com a presença do diretor James Ramsay Cameron - confirmado!
Depois do filme, debate: Os efeitos da atividade das minas de urânio no meio ambiente. 

 

14.30 horas - Sessão de filmes 

YELLOWCAKE

EUA, 2009, Direção Brock Williams, documentário, Inglês com legendas em Português, 10 min. - Da exploração à produção do combustível nuclear, este curta-metragem relata a contaminação, o alto consumo de água, a geração de resíduos tóxicos e radioativos, os custos do contribuinte norte-americano com os subsídios do governo, os impactos na saúde e as emissões de CO2 que são causados pelo ciclo do combustível nuclear. Cada fase tem o seu próprio impacto de devastação ao meio ambiente e à população do entorno, no aspecto socioeconômico, da saúde e da segurança. Este filme lança um olhar mais profundo sobre fatos que são, frequentemente, deixados de lado, do começo ao fim da produção do combustível nuclear. Info: https://www.boxcarfilms.com/about

Buda Chora em Jadugoda (BUDDHA WEEPS IN JADUGODA)

Índia, 1999, Direção Shri Prakash. Documentário, Inglês com legendas em Português, 52 min. - Em Jadugoda, povoada pelos Adivasi, tem a única mina de urânio da Índia. O filme documenta os efeitos devastadores da mineração de urânio provocados pela Corporation of India Limited. Durante os últimos 30 anos, os rejeitos radioativos foram despejado na região e nos campos de arroz dos Adivasis. A agência governamental de mineração de urânio não faz nada para proteger a vida das pessoas e o meio ambiente da área. A falta de segurança na mineração de urânio tem resultado em radiação excessiva e provocado mutações genéticas e à morte lenta. Relatórios médicos revelam que o impacto da radiação sobre o povo indígena está sendo devastador. Filme/Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=FxO_LlHaYvs

YELLOW CAKE. THE DIRT BEHIND  URANIUM (A SUJEIRA ATRÁS DO URÂNIO)

Alemanha, 2010/2014,  Direção Joachim Tschirner, documentário, Inglês, legendas em Português, 35 min. - A terceira maior mina de urânio do mundo estava localizada nas províncias do leste alemão da Saxónia e Turíngia. Essa exploração recebeu o nome de mina de bismuto (Wismut) para encobrir a verdadeira finalidade. Controlada pela URSS, funcionou até a Reunificação com a Alemanha Ocidental. Até 1990, Wismut forneceu 220 mil toneladas de urânio à União Soviética. Em termos absolutos, essa quantidade foi suficiente para a produção de 32 mil bombas de Hiroshima. O foco principal do filme é a desativação da Wismut. Com a reunificação alemã, o governo fechou esta mina de urânio e começou a “limpar” a sua herança radioativa. Foi a primeira tentativa no mundo de fazer o tratamento correto de uma mina de urânio, minimizando os impactos Ambientais destas montanhas e lagoas cheias de rejeitados radioativos e tóxicos. Até hoje, a Alemanha gastou mais de seis biliões de euros neste processo de desativação. www.yellowcake-derfilm.de

Depois dos filmes, debate:  Os efeitos da atividade das minas de urânio no meio ambiente.

17.30 horas - Bombas Atômicas Perdidas na Espanha 

OPERACIÓN FLECHA ROTA. ACCIDENTE NUCLEAR EN PALOMARES (Operação Flecha Quebrada. Acidente Nuclear em Palomares, Espanha)

Espanha, 2007, Documentário, Direção Jose Herrera Plaza. Produção: Antonio Sánchez Picón. Áudio em Espanhol e Inglês, legendas em Português, 96 min. - Dois aviões americanos colidiram em janeiro de 1966 e caíram em Palomares (Almería), na Espanha, com quatro bombas poderosas de hidrogênio, Bombas H. Duas bombas explodiram sua carga convencional, o que fez com que o material radioativo se espalhasse sem controle, devido ao vento forte. Na época, se iniciou a descontaminação parcial da área e a investigação da contaminação residual sobre as pessoas e o meio ambiente, no denominado "Projeto Indalo".

Declaração do Diretor: Por meio século, 1.500 seres humanos têm vivido enganados e rodeados por vários quilos de plutônio espalhados pelo vento e pela chuva no Mediterrâneo e ao redor. Esta é a história de uma mentira que nasceu durante a Guerra Fria, a ditadura de Franco e a gênese da indústria nuclear na Espanha. Uma história ainda viva, aberta, à procura de uma solução final. Sobre o Diretor: Jose Herrera é formado em Economia e Audiovideo. Ele é co-autor do livro “Operación Flecha Rota. Accidente Nuclear En Palomares”. Ed. Junta de Andalucia. Consej. Cultura. Sevilla 2003. ISBN: 84-8266-355-0. Mais Informação: http://leganerd.com/2015/02/17/broken-arrow-lincidente-di-palomares/

Com a presença do diretor Jose Herrera Plaza. 
Depois do filme, debate: A importância da cidadania em defesa dos direitos laborais, sociais e ambientais.

 

MANGUALDE - Domingo, 15 de SETEMBRO DE 2019

 
9.00 horas - Abertura 
9.30 horas - Sessão de filmes

 

O RISCO DE UM BRUMADINHO RADIOATIVO 

Brasil, 2019, Produção Uranium Film Festival, Português, 10 min. - O rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, resultou em um dos maiores desastres com rejeitos de mineração no Brasil. A barragem de Brumadinho contém rejeitos da mineração de ferro igual a de Mariana que destruiu o Rio Doce e a vida ao longo de 600 quilômetros até a sua chagada ao mar. As consequências dos dois rompimentos foram catastróficas e, por décadas, o meio ambiente e a população brasileira nas regiões afetadas vão sofrer. No entanto, as consequências poderiam ser ainda mais graves se as lamas contivessem não apenas metais tóxicos, mas também elementos radioativos. Este é o caso da antiga mina de urânio em Poços dos Caldas, no sul de Minas Gerais. A exploração da mina terminou em 1995, mas os rejeitos com elementos radioativos, como urânio, tório e rádio, da extinta mina de urânio ainda ocupam uma área de cem Maracanãs. São mais de 12 mil toneladas de resíduo radioativo. Desde o colapso da barragem de Brumadinho, a população abaixo da antiga mina de urânio vive em estado de medo. A barragem desta mina de urânio, não tem garantia de estabilidade, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM) e a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Um Brumadinho radioativo é possivel. A lama radioativa de Caldas pode contaminar os rios Paraná e Grande, com reflexos para Argentina, Paraguai e Uruguai. O filme é uma colagem de reportagens recentes sobre esta primeira mina de urânio do Brasil.

CIDADE RADIOATIVA  

Brasil, 2017, Direção Marcello Marques, Produção Elisângela Guanaíra, Português, 26 min. - A cidade de Caetité fica a 650 quilômetros de Salvador (BA). Nela encontra-se uma das maiores reservas de urânio do mundo, mineral que alimenta as usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 e considerado altamente perigoso quando concentrado. “O Ambientalista” foi até o local para ouvir a população, que vive alarmada em relação à eficiência da fiscalização da qualidade da água da região, considerada contaminada. Essa suspeita já levou ao fechamento de vários poços artesianos. Trailer: http://oambientalista.com.br/cidade-radioativa/

Half Life: The Story of America’s Last Uranium Mill (MEIA VIDA: A História do Último Moinho de Urânio da America)

EUA, 2016, Direção Justin Clifton, documentário, Inglês, com legendas em Português, 12 min. - No sudeste de Utah, não muito longe de muitos dos famosos parques nacionais dos EUA, encontra-se o último moinho de urânio da América. Depois de mais de 36 anos em operação, os líderes da comunidade de White Mesa, na vizinha Ute Mountain Ute Tribe, temem que regulamentações frágeis e infraestruturas antigas estejam colocando em risco o abastecimento de água e seu modo de vida.  “Half Life” é projetado para chamar a atenção para as contínuas contaminações e falhas regulatórias na usina de White Mesa, e para o papel da fábrica como uma pedra angular na indústria de urânio. Filme/Trailer: https://www.grandcanyontrust.org/half-life-story-americas-last-uranium-m...

Yellow Cake. A Sujeira Atrás do Urânio (curta-metragem) 

Alemanha, 2010/2014, Direção Joachim Tschirner, documentário, Inglês, legendas em Português, 35 min. - A mina de Wismut, na Alemanha Oriental, foi a terceira maior mina de urânio do mundo. Com a reunificação alemã, o governo fechou a mina e começou a “limpar” esta herança radioativa. Foi a primeira tentativa no mundo de fazer o tratamento correto de uma mina de urânio, minimizando os impactos ambientais destas montanhas e lagoas cheias de rejeitos radioativos e tóxicos. Ainda pouca gente sabe de onde vem o minério que alimenta a nossa Era Nuclear. É um filme fundamental para informar e educar o mundo. www.yellowcake-derfilm.de

Depois dos filmes, debate: A recuperação ambiental das minas de urânio em Portugal

14.00 horas – Visitas técnicas guiada pela EDM / Mina da Cunha Baixa  &  Mina da Quinta do Bispo

 

URGEIRIÇA - Domingo, 15 de SETEMBRO DE 2019

 

17.30 horas - Sessão de filmes

Urânio em Nisa Não

Brasil, Alemanha, 2012, Direção Norbert G. Suchanek, Produção Márcia Gomes de Oliveira, documentário, Português, 30 min - Nisa, uma linda vila ao norte do Alentejo, em Portugal. Nas portas de Nisa, há uma grande jazida de urânio, mas a população decidiu deixar o urânio no chão, em favor de um desenvolvimento baseado nos produtos naturais da região, como carne de boi, cabra e ovelha, leite, queijos, linguiças, presuntos e azeitonas. Quando uma empresa australiana se interessou em começar a mineração, o movimento local „Urânio em Nisa Não“ influenciou a Prefeitura e os deputados do Concelho a declarar que nunca será permitido explorar urânio na região. Por isso, em 2012, Nisa e seu movimento „Urânio em Nisa Não“ receberam o prêmio international para um futuro sem energia nuclear, chamado „Nuclear-Free Future Award“. http://www.nffa.de/wp-content/uploads/2018/04/2012.pdf

Uranium - Twisting the Dragon’s Tail (Urânio – Torcendo a Cauda do Dragão,  Episódio 1: A rocha que se tornou uma bomba)

Austrália, 2015, Direção, Wain Fimeri, Produção Sonya Pemberton. Documentário, Inglês com legendas em Português, 51 min. - Na virada para o século 20, o urânio é praticamente desconhecido e, basicamente, inútil. Dr. Derek Muller embarca em uma aventura para revelar como, em apenas uma única geração, o urânio se transformou na rocha mais valiosa e aterrorizante da Terra. As descobertas de cientistas como Marie Curie, Ernest Rutherford e Albert Einstein que desvendaram os segredos do átomo de urânio, e nos permitiu perscrutar a própria natureza do universo. Então, numa manhã clara acima da cidade de Hiroshima, o urânio desencadeia um terrível poder e muda o mundo para sempre. “Fiquei fascinado. Esse é o melhor documentário que eu pude ver até hoje sobre a história da descoberta da radioatividade até a produção da bomba nuclear e rudimentos da Física Nuclear.” Professor Dr. Alphonse Kelecom, jurado do Uranium Film Festival. Trailer: www.genepoolproductions.com

Depois dos filmes, debate: Os efeitos da radiação da atividade mineira de urânio em Portugal na saúde dos ex-Trabalhadores da ENU e na população.

19.30 horas

ENCERRAMENTO & Apresentação da súmula dos debates

 

SOBRE O URANIUM FILM FESTIVAL

40 anos Three Mile Island, 33 anos Chernobyl, 32 anos Goiânia, 8 anos Fukushima e 9 anos do Uranium Film Festival:  Em 2019, o International Uranium Film Festival completa 9 anos de trabalho em prol da vida e do meio ambiente, reunindo “filmes atômicos” que lançam luz sobre todos os riscos da energia atômica que nascem com a mineração de urânio e se acumulam na cadeia nuclear até ao lixo altamente radioativo que ainda hoje não tem um lugar seguro no mundo. 

Em 2010, alguns meses antes do reator de Fukushima explodir, o Uranium Film Festival foi fundado no Rio de Janeiro, pelo jornalista alemão Norbert G. Suchanek e pela cientista social brasileira Márcia Gomes de Oliveira. É o primeiro festival de cinema no mundo a abordar toda a questão nuclear: de Hiroshima à Fukushima, da mineração de urânio ao lixo nuclear. O festival combina arte, ciência e justiça ambiental à medida que informa sobre todos os riscos da radioatividade.  

Informação é o primeiro passo para prevenção e proteção: Radioatividade é invisível, não tem cheiro, cor e nem som. Somente quando você conhece os riscos, você consegue se proteger contra eles. Segurança nuclear não é uma questão somente para uma comissão nuclear, é uma questão de todos nós: da dona de casa ao jornalista esportivo, do pescador ao cineasta e atriz, do estudante secundarista ao médico, do gari ao físico nuclear.

COLABORE

O International Uranium Film Festival somente é possível com doações de pessoas, empresas e instituições conscientes. Lamentavelmente, a maioria das empresas que se dizem social e ambientalmente responsáveis ainda não apoiam o festival, embora o festival já tenha alcancado sucesso mundial.

Se você puder nos ajudar, basta fazer sua doação, de qualquer valor. Apenas sugerimos um valor acima de R$ 40,00 / 10 Euro tendo em vista as taxas e custos das transações bancárias. Sua ajuda será importante para organizar o Uranium Film Festival, como agora em Portugal, anualmente no Rio de Janeiro e mais aonde ele precisa estar. Faça sua doação por um mundo consciente dos riscos nucleares. Não podemos esquecer as catastróficas consequências como aconteceu em Hiroshima, Chernobyl, Goiânia ou Fukushima e dos riscos diários da mineração, processamento e uso do urânio e demais minérios radioativos.

Márcia Gomes de Oliveira
Fundadora e Diretora Executiva, Uranium Film Festival
 
Norbert G. Suchanek 
Idealizador, Fundador e Diretor Geral, Uranium Film Festival
 
Entre em contato para mais informações e detalhes bancários info@uraniumfilmfestival.org
Ou doar via PayPal
 

 

CONTATO

International Uranium Film Festival
Rua Monte Alegre 356 / 301
Santa Teresa / Rio de Janeiro / RJ
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Email: info@uraniumfilmfestival.org